Artigos | 19/04/2023
Fernanda De Gasperin, artigo publicado em ZH em 9/11/2021
É improvável, mas vez e outra ainda encontramos algum estabelecimento com uma placa antiga e a informação de contato indicando seu fone/fax. Com a facilidade atual das plataformas digitais, nos esquecemos de que algum dia existiu o “sinal de fax”. A necessidade de compartilhar de maneira imediata textos e imagens não desapareceu, apenas mudou de forma. Hoje os estabelecimentos indicam seu fone/WhatsApp. Inovações surgem a partir de necessidades e são, principalmente, novas maneiras de resolver os mesmos problemas. Você poderia imaginar como seria a vida se a única alternativa ainda fosse enviar um fax? É frequente o surgimento dessas inovações nos dias de hoje. Uma dessas novas alternativas são as empresas de fretamento colaborativo, como a Buser, que proporcionam viagens mais baratas, fazendo uso da economia compartilhada.
Se existir uma necessidade no mercado, também existirá a oportunidade do surgimento de uma inovação ou um novo negócio, que é claramente o caso dessas empresas. Por meio da tecnologia, de maneira digital e simplificada, elas fornecem uma opção mais econômica para o transporte intermunicipal. Para sabermos que essa é uma boa solução de transporte, basta perceber que há procura por esse serviço. O mercado é o único indicativo possível de nos dar essa informação. Cada indivíduo tem a plena capacidade de escolher o que é melhor para si, analisar e decidir o que lhe é benéfico ou não.
Apesar do valor entregue ao usuário e da procura por esse serviço, órgãos do governo, por todo o país, têm impedido a atividade dessas empresas. Se nós, indivíduos, temos o pleno poder de decisão, não precisamos de intervenções que regulem nossas opções de escolha. Em detrimento do recolhimento, da falsa sensação de segurança, matamos boas (e necessárias) soluções para problemas cotidianos. Já imaginou se algum órgão protegesse o fax e você, ainda hoje, precisasse compartilhar aquele importante arquivo numa bobina de papel, em preto e branco?
Fernanda De Gasperin, associada do IEE