Artigos | 30/08/2023
Brasil que dá certo Fernanda Estivallet Ritter, Presidente do IEE
Nesta semana, o Rio Grande do Sul está recebendo a 46ª edição da Expointer, em Esteio, evento que movimenta o setor do agronegócio e gera riqueza para o Estado e o país. É um ótimo momento, portanto, para exaltar o Brasil que dá certo.
Nosso país é privilegiado em extensão territorial, terras férteis e bom regime climático, ou seja, tem ótimas condições para o agronegócio. Após o afastamento do Estado do agro na década de 1990, tirando subsídios e crédito, o setor pôde evoluir sem as amarras do governo e crescer de forma exponencial. Mais ainda, o Brasil hoje é um exemplo no modelo agrícola de cooperativismo, agricultura sustentável e áreas florestais. Produzimos comida para o mundo.
A riqueza do campo vem das cooperativas, do empreendedor rural que inova para produzir mais em um espaço menor e torna sua plantação mais eficaz com maior qualidade. O agro está sempre em evolução para aumentar a produção e reduzir a área plantada, reforçando a preservação do meio ambiente.
O setor segue movendo nossa economia e colocando alimento na mesa das pessoas, apesar de enfrentar inúmeros desafios, como ser alvo de invasões do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), de estiagens e de críticas ao uso de agrotóxicos. Há muito tempo a pauta do agro deveria ter virado a página da discussão ativista e ideológica sem embasamento teórico.
Militar sobre pautas ambientais sem falar sobre segurança alimentar é balela. Só se preocupa com o meio ambiente quem está alimentado. A desinformação fomentada por alguns movimentos ambientalistas e sociais mascara a real importância e grandiosidade do agronegócio. O setor representa uma válvula de escape para as crises econômicas em nosso país, muitas vezes salvando o PIB brasileiro do colapso.
Mas o agro é resiliente. Não para. Continua produzindo e avançando. A Expointer acerta ao trazer como pauta a inovação para fazer o agro ainda mais forte. Com investimentos, gestão e inovação, fatores que estão em nossas mãos, o país deve evoluir ainda mais no setor com a aplicação de novas tecnologias. A inovação tornará o agronegócio cada vez mais eficiente, e, como resultado, a economia do país e a qualidade do alimento que consumimos irão melhorar, e o preço para o consumidor irá baixar.
Que os governos sigam não atrapalhando o agro para que ele possa continuar impulsionando nossa economia e sendo um exemplo para todos nós.
Artigo publicado originalmente no Jornal Zero Hora em 30/08/2023